(Memórias de um feto no ventre de Deus)
Anjo desnudo em frente do espelho
como um feto entalado no ventre
como a Morte vomitando desespero.
Como uma poesia submersa
amassada no bolso esquerdo da calça.
Como a vitamina e os remédios
espalhados na escrivaninha do quarto.
Além disso tudo um câncer entalado no pâncreas,
e no pâncreas a vida cessando,
a vida nos olhos devorando.
E ele ri e ri e ri compulsivamente
nu em pelo
como um feto entalado no ventre.
(Diego El Khouri — 10 de abril de 2009)
Postado originalmente nesse blog no ano de 2009:
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