segunda-feira, 22 de junho de 2020

SÉCULO SINISTRO


Título: Século Sinistro 
Técnica: Óleo sobre tela 
Dimensões: 15 x 19 cm
Artista: Diego El Khouri

sexta-feira, 19 de junho de 2020

O UNIVERSO DE EL CANTARE

Poema: Edu Planchêz
Pintura: Diego El Khouri


O Universo de El Cantare

a data limite de chico xavier é 2020,
em dois mil e vinte acendo meu pito,
a minha pintinha de beleza,
as antenas do bem

nostradamus nos disse em suas parábolas o que foi vendo
entrando nos tubos da física quântica
onde compreende-se não existir o limite do tempo-espaço,
e é no ponto-morto do vão, do corte do tempo,
do espaço que há entre os segundos
com o cuidado das aranhas tecelãs,
se entra para se ir ao passado-futuro,
ali onde o tempo se funde
ao ponto de passagem entre uma respiração e outra
o homem é uma corda estendida
entre o abismo que há entre o animal e o super-homem
apocalipse, sempre clamamos pelo apocalipse,
chamas-te tanto que ele chegou,
poeta e mais poetas gritaram, apocalipse!
e agora se perguntam o que farão,
o que faremos com o apocalipse
( edu planchêz maçã silattian )
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Título: O Universo de El Cantare
Técnica: Óleo sobre tela
Dimensões: 150 x 200 cm
Artista: Diego El Khouri

MÚSICA E SILÊNCIO


Texto e voz: Clécia Sant'Ana

segunda-feira, 8 de junho de 2020

POR: GLAUCO MATTOSO

Amigos, quando dizem que cegos teem dom prophetico quasi que accredito. Fiz este poema originalmente em fevereiro de 2008 e depois accabei ganhando, de facto, um Jaboty e fui à entrega. Agora a quarentena me condemna a cumprir o que disse em tantos sonnettos. Não deixa de ser ironico e premonitorio...

DISSONNETTO PARA UMA RECUSA IRREFUTAVEL [2151]
Devido a serio trauma que soffri,
sahindo à rua, dia desses, quero
pedir perdão a todos, mas daqui
por deante, a quem chamar, serei sincero:
Não topo! Não acceito! Recupero
a tal "privacidade": resolvi
ficar em casa! A chance é egual a zero
que eu saia, até si ganho um Jaboty!
A um hermitão alguem ja me compara!
Pensando bem, ao premio eu comparesço,
sinão paresceria desappreço
por uma estatueta honrosa e rara.
Até que reflecti, mesmo: Tomara!
Mas, como tal hypothese affastada
está, posso dizer que não, que nada
me leva, então, na rua a pôr a cara.
///


FABIO DA SILVA BARBOSA


Improviso do poeta Fabio da Silva Barbosa pelas ruas de Porto Alegre

sexta-feira, 5 de junho de 2020

POR MURILO PEREIRA DIAS

ainda lembro das fugas
das tentativas de chegar em algum lugar
e nunca sai do mesmo lugar
e então fui vendo que se foda
e foda foi se aproximando
até se findou se fodendo
e foda ficou sendo
uma escalada
ao céu do distúrbio
delírio
de paz
lugar largado
como lagarto
ou simples baratas
ainda sem asas
quem poderá entender isso daqui a cem anos???

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Por: Diego El Khouri

O delírio utópico é ciência e aprimoramento interior. Acredito na experiência da loucura no processo criativo e no estudo sistemático das faculdades humanas meu contato cada vez mais próximo nas inúmeras realidades. Não há apenas um mundo, um universo. A arte existe para romper paradigmas e trazer para o olhar a chama da loucura.

domingo, 31 de maio de 2020

INFINITOS BURACOS

Por: Diego El Khouri

para que abutres comam

canapés e desfilem em tristes ruas cinzas
seus automóveis de 10 mil decibéis 
toneladas de carne humana
são sacrificadas em rodeios macabros
financiados por um tal mercado
que sorri com dentes rubis
róseos rios rotos
cadáveres em filas milimétricas
gargantas que devoram  esgotos

paquidermes monstros ignóbeis
carrascos em cus maculados
na boca fétida que ocupa
a cadeira nefasta que afasta
o olhar piedoso
e a fome necessária de toda manhã

secretários co
rrompidos
cadafalso abrigo,  feridas ferida
bactérias trazidas pelos mares
frios do velho mundo
folhas e orvalhos
a cidade, o silêncio, o vácuo... 

a elite que vocifera mentiras
trás a sina de cada dia
a morte transmutada de ilusão
que mata e fere a fome

foices cortantes, notícias comuns
incomuns lugares banais
noites infinitas que não se calam
gritos pavorosos 
        nos delírios da alma  
                  ( abjeta)
objetos odiosos respingam
imagens de tiros nas casas
  joãos pedros, vinicius e agathas  
         polícia armada
                 / 
      crianças solitárias

vento suave  espalha flores
e em  troca deixa
                               infinitos buracos

RELÂMPAGO

Por: Diego El Khouri

o amor que escorre os ombros

e desce na tecitura da pele
e come , como fugaz relâmpago,
o olhar febril da noite
sexo-intenso-sexo
ondas marítimas da loucura 
                                               escarlate
trânsfuga dos poetas

POR: EDU PLANCÊZ MAÇÃ SILATTIAN

e ele agarrou a linha e saiu arrastando
pelos continentes o gigante animal que flutuava,
se era uma aranha de gás.
respondo que sim porque sou um homem convicto,
um sem nome, um nômade dentro de uma caixa de vidro,
dentro de um reinado de luzes
contemplando os relógios estampados no veludo do boldo,
das folhas do boldo, das folhas dos tomateiros
crescidos a golfadas por dentro das friagens

o sonho do mar recreio dos bandeirantes
que fica a algumas esquinas daqui,
a algumas léguas do não fim das coisas
arte, peças das cavidades, das covas,
dos buracos, das linhas do caderno virtual
arte, que nos preserva desde muito antes,
eu camarada rupestre, rude,
antiquado para a maioria,
por ser o homem letra, o homem das letras,
dos sopro das letras, do jorro de letras
tal christina oiricica enterro pinturas na terra,
na neve, na natureza da neve,
no cal dos tremores dos bichos
e eu chamo em telepatia diego el khouri e joka faria
por nada além de palavras largadas
nas ruas que são ruas e que não são ruas
( edu planchêz maçã silattian )