quarta-feira, 11 de julho de 2012

AOS MORALISTAS

(Por Queiroz Filho)


Nesta mente esdrúxula e exaurida
Aonde habitam todas as desgraças,
Tomada como os livros, pelas traças
E dos sublimes Sonhos, recolhida.

É donde extraio a tola Dor fingida
Bebendo a Razão em negras taças!...
Não cabe nessas lágrimas escassas
E nem em minha Alma emudecida

O brilho ostentador dos altruístas.
A vida me ensinou como os ingratos
Em ver na compulsão de idealistas

A fome de Hedônicas conquistas,
E tal como os rebentos de Pilatos,
Eu escarro no Altar dos moralistas...

( Queiroz Filho) 16-04-11

Um comentário:

  1. Que planetinha...
    Aqui a gente vê,
    ouve e sente.
    Sorrí
    e por vezes,
    incha os olhos
    de tanto chorar.
    As pernas são pequenas
    pra percorrê-lo.
    Parece tão imenso.
    Risos amarelos.
    Prantos secos...
    Aqui,
    a gente fala de desgraças,
    e de baladas.
    Balbucia
    coisas de momento.
    Alguns rezam de joelhos.
    A gente pede,
    dá e mente.
    De norte a sul.
    De leste a oeste,
    atenção à TV,
    atenção ao telefone,
    atenção à campainha.
    As pálpebras desse mundo
    pesam.
    Até os parasitas
    têm urgências.
    Temos náuseas dramáticas.
    Temos mais que um nome,
    um número.
    Registros Gerais grotescos.
    Agilidades
    expõe tanta estupidez.
    Humanos.
    Tanta falsidade,
    tantos fardos.
    Creio que até os anjos
    estão fartos,
    com as mãos trêmulas.
    Gostaria de saber,
    o que é que realmente
    vale a pena.
    Primeiro perdemos o fôlego,
    depois recomeçamos.
    Procuramos o sono
    e nele embutimos os sonhos
    e os pesadêlos.
    A vida é traiçoeira.
    Manda flores,
    com perfume de esterco.

    Cecília Fidelli.

    ResponderExcluir