(Por Glauco Mattoso)
Diego, recebi o enveloppe cheio. Valeu. Em breve retribuo. Abbraço nos
tornozelos. GLAUCO
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GLAUCO MATTOSO LANÇA ROMANCE ESCRIPTO EM SONETOS E LINKA PUSHKIN
À LITTERATURA BRASILEIRA
Acaba de sahir, pelo sello Tordesilhas, o romance lyrico RAYMUNDO
CURUPYRA, O CAYPORA, do poeta Glauco Mattoso, composto de 200 sonetos
decasyllabos, narrando a vida azarada e decahida do protagonista, do
poncto de vista de seu amigo Craque, outro marginal paulistano.
O primeiro grande romance da litteratura russa, EUGENIO ONEGIN, de
Alexander Pushkin, tambem é construido em versos e emprega o
decasyllabo, mas no eschema do soneto inglez. Sua trama amorosa envolve
violencia e critica social, como de habito. Em portuguez, à parte o
genero epico, a poesia narrativa não adopta o verso heroico como
estructura formal da ficção. Tampouco o soneto tem funccionado como
gabarito textual. Mattoso reinventa a funcção sonetistica num drama que,
alem da urdidura amorosa, carrega nas tinctas da degradação urbana,
emphatizando a marginalidade e a criminalidade nas metropoles, com todos
os vicios (inclusive sexuaes) do submundo. Tal funcção vem sendo chamada
pelo auctor de "decasyllabo decadente".
Mais informações no site da editora: www.tordesilhaslivros.com.br
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DUM EMINENTE ANTECEDENTE
[soneto 5301]
Com os classicos talvez
mais famosos eu convivo:
o Alexandre russo fez
seu poema narrativo.
Em soneto, é minha vez
de contar, e não me privo.
Meu "Raymundo" acham vocês
pornographico, offensivo?
Que se suje e se malandre
ninguem falla do Alexandre,
que uns obscenos escrevia...
Mesmo sendo "baixo" e chulo,
meu romance, ao que calculo,
faz maior a poesia...
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