segunda-feira, 10 de abril de 2017

POR IKARO MAXX


Escrevo para apunhalar a vida para torná-la mais do que um esqueleto borbulhante dentro do terno ou das molduras & oficinas literárias O sol se masturba no horizonte as formigas são hipnotizadas pelo glúten as cotovias cegas como morcegos deixam o hálito manchando os postes como sombras de um pesadelo De onde nos sobe essa frequência divina essa vontade de quebrar o bar inteiro & tocar fogo nos presidenciáveis? E transformar logo em seguida usando pó de anjo os cacos & a alma numa paisagem de nenúfares em que cavalos abandonam o porte musculoso para entender o drama de ser formiga? essa fome instalou em meus ossos pianos de dinamite & a cada tensionamento entre as janelas & os pixels um fedor de maravilhas sobe comendo a página pelas bordas no meio deixo a tomar sol a alma da ferrugem

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